Às vezes, estamos tão focados em como nos sentimos por alguém que esquecemos de observar como essa pessoa realmente nos faz sentir. Parece uma sutileza, mas é uma diferença gigantesca. Quando estamos apaixonados ou envolvidos com alguém, nosso cérebro tende a romantizar os momentos bons, ignorando os sinais que mostram como aquela pessoa nos afeta de verdade. E é aí que mora o perigo.
Já reparou como, em muitos casos, passamos mais tempo justificando comportamentos do outro do que aproveitando a relação de forma plena? É aquele frio na barriga que você confunde com “borboletas no estômago”, mas, no fundo, é ansiedade. É a espera por uma mensagem que nunca chega, e quando finalmente chega, você corre para atender porque a atenção que vem em migalhas parece ouro.
Mas é preciso parar e pensar: como essa pessoa faz você se sentir? Você se sente visto? Respeitado? Ou está sempre pisando em ovos, com medo de dizer a coisa errada? Muitas vezes, estamos tão ocupados com nossos próprios sentimentos — com o desejo, a paixão ou até mesmo o medo de perder — que ignoramos a verdade mais simples: amar alguém que nos faz mal nunca será saudável.
Prestar atenção em como nos sentimos quando estamos ao lado de alguém, como nossas energias se comportam, se nos sentimos leves ou carregados, diz muito mais sobre a relação do que qualquer palavra bonita que a pessoa possa dizer. E é aí que mora a importância de prestar mais atenção em como o outro nos faz sentir, porque isso revela muito mais sobre a qualidade da conexão do que a intensidade do que sentimos por ela.
A gente precisa parar de romantizar o amor que machuca, aquele que exige esforço demais para funcionar. Relacionamento bom faz a gente sentir paz, segurança e reciprocidade. O resto é apego travestido de amor.
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