Amigo, por favor reaproxime-se

Há tempos que você não aceita meus convites e é impossível não lembrar os bons momentos que passamos. Confesso que não quero ser chato com toda essa minha insistência em querer te ter por perto novamente, é que sinto tua falta. Como você mesmo sabe a saudade não tem hora pra aparecer, como naquele dia que você me ligou no meio da noite dizendo que queria fazer alguma coisa durante o final de semana e pensou em me chamar pra fazer algo, mas não sabia direito o que poderíamos fazer. Aquilo foi saudade.

Eu sempre soube lidar com as pessoas que se foram, porque sei que logo chegam outras pessoas para fechar mais um novo ciclo com novos ideais e ideias. Entretanto tenho que admitir que nunca soube lidar com a sua falta. Sabe, é estranho tudo isso. Mesmo com nossos desentendimentos, xingamentos seguidos de um abraço e um riso, e assim foi durante muito tempo. Mas dessa vez não houve xingamentos, não teve desentendimento.

Cada um foi seguindo o seu caminho esquecendo-se dos planos que outrora faziam parte da mesma realidade. Precisava ser assim? Tá tudo tão estranho, já não compartilhamos dos mesmos sonhos nem nos chamamos um ao outro pelo celular como se um não fizesse diferença na vida do outro, assim causando o afastamento.

Dia desses precisei de um ombro amigo e senti a falta dos seus conselhos sábios. E você não sente a falta dos meus conselhos? E como eu conseguia transformar seus problemas em soluções e te mostrar mil razões para você acreditar na força que tu tem dentro de si, independente de qualquer coisa.

Quero que saiba que não mudei. Frequento a mesma faculdade, moro no mesmo lugar; meu telefone não mudou nem os lugares que costumo ir para me distrair e estou conseguindo arriscar umas notas no violão. Não quero só te ver um dia desses. Gostaria mesmo que tu voltasse pra minha vida. Cara, eu tenho tanta coisa pra te contar!