Amor, como nunca te chamei assim? Para falar a verdade, muito quis. Quis mesmo, mas sempre que tentava travava, sabe como é engasgar nas próprias palavras, era assim que me sentia. Isso era errado, eu sei, mas quem acerta o tempo todo? Pelo visto eu tive mais erros que o comum. Sei que me desculpei e você sabia que eu não precisava, só que você queria que no final, quando tudo desse errado, a culpa fosse minha. Parabéns, você conseguiu. Me senti responsável até a alma. "Não me apaixonei o suficiente, não fui capaz de amá-lo como devia, sempre fui bagunça, para que diabos fui entrar?". A CULPA NÃO FOI MINHA. Me despi para você. Mostrei quem eu era de verdade, que apesar da confusão eu queria muito ser feliz, te fazer feliz. Queria ser feliz junto a você. Tentei do meu jeito errado fazer a coisa certa, mas sinto tanto por não ter sido suficiente, por fazer você desistir antes mesmo de eu estar completamente decidida que ir embora seria o melhor para nós dois. Em nenhum momento foi para mim, mas não podia te dizer isso. Queria ter ficado no seu abraço, queria ter voltado atrás e mostrar o quanto estava desempenhada a fazer dar certo, mas você já estava machucado, podia ver. Não existe remédio para curar dor do amor. Não, não existe. QUE DROGA! Me diz por que não fiz nada? Não te culpo por ter dito o que sabia que uma hora diria, mas agora que sei que pode, me conta como conseguiu fazer de mim sua pior lembrança? Se eu fui seu amor para que misturar o ódio nessa história? Queria que pudesse ver o quanto sua perda me fez mal, o quanto não consegui me desfazer das suas coisas, e como, depois de tanto tempo, fui descobri que o que eu sentia era sim amor, só eu achava não ser. Ou melhor, não achava que fosse o ideal para alguém de coração tão bom quanto o seu. Já é tarde, mas sempre acreditei em recomeços, quem sabe um dia você não volta aqui e encontra a porta aberta.
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