Ainda não te esqueci, mas seguirei em frente.



Agora é exatamente 04:00 da manhã, eu sei que deveria estar dormindo, porque tenho que trabalhar amanhã cedo. Bom, mas isso não importa, não agora. Eu voltei ao lugar onde tudo começou, estou aqui sentado, tentando entender o que aconteceu no decorrer desses longos meses, revivendo cada detalhe sem entender ao certo o que realmente aconteceu.

Exatamente aqui, nesse mesmo banco que estou sentado agora, que eu me permiti, entregar os meus sentimentos mais puros e verdadeiros a você. Que eu me permiti sentir. Eu sempre tive uma péssima mania de ter certeza de tudo e foi exatamente aqui que todas as incertezas tomaram conta de mim e foi nesse mesmo maldito banco, que eu te perdi. Eu não sei onde estava com a cabeça quando te deixei ir.

O guarda da praça veio questionar o que eu tô fazendo aqui. - Seu guarda não se preocupe, juro que eu não estou tumultuando a cidade, eu só vim aqui pensar nela, nem que seja a ultima vez.

Droga! Talvez se eu não tivesse saído de casa aquele dia, se eu tivesse dito não em resposta ao seu convite, eu não precisaria estar aqui nesse maldito banco, te escrevendo algo que provavelmente você nem vai se dar ao trabalho de ler.

Eu amei sozinho, me sufoquei, assim como quem se mata aos poucos, me entreguei de corpo e alma, por um sentimento que não vale nem os trocados que carrego na carteira e pior de tudo, eu tô aqui sofrendo por alguém que deve estar dormindo ou se divertindo por aí.

Eu só posso ter ficado louco, que tipo de sentimento é esse que me faz rodar a cidade as 04 hrs da manhã, em plena madrugada, dirigindo em alta velocidade, criando textos e histórias onde meu amor parece suficiente. E não é, e não foi.

E eu contínuo aqui.
Sozinho, na madrugada gelada.
No banco, da praça.


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